30 de setembro de 2010

cólicas verbais

palavras sibilidas de bocas falhas,
falas disparadas em planos brancos
disparates
dizes: para
não paro
pareço fraco

todavia
faço versos contra-versos


toda vida
para-lavrar

água
de fonte

me torno prosaico de fronte aos meus medos

algo
diz monte:
castelos ou fortalezas?

alguem tem um maçarico pra descongelar meu coração?


certa vez me encotrava ao centro do vértice de todos os aconteceres. aleijado das possibilidades. quando me deparei comigo do outro lado do rio. na sede de me encontrar novamente procurava uma ponte, um caminho, uma forma outra que não a de me jogar naquele rio. ri. chorei e me joguei. nunca mais vi aquela imagem novamente. hoje vago no leito do rio. acorrentado a correnteza. esperando o oceano na enseada. esse ano, penso nada. só nado.

Nenhum comentário: