22 de abril de 2008

um poema sobre nada

Às vezes a imaginação caminha na neblina
Descalça, tacteia o chão
Tropeça nos degraus do esquecimento
Cautelosamente aprecia o anonimato
Divorcia-se de todas as referências
Aspira a uma sublimação minimalista
Perde-se na vastidão do silêncio
Apenas encontra cinzenta abstracção
Excita-se na presença da monotonia
Grita por um tédio mundano
Os olhos bebem a escuridão
Testemunha a nudez das palavras
Sorri para folhas em branco
Festeja o vazio das pampas
Dança na invisível turbulência do ar
Anseia pelo vácuo sideral
Desfruta do supremo prazer do nada

M.Daedalus

2 datas

10 dias sem postar, e 508 anos do brasil!
parabéns pra ambos, por suas pobres conquistas!

12 de abril de 2008

Suando Coisas

- uma vizinha da minha irmã disse
que aquele menino,
anda suando coisas de tanta criatividade.

Quatro.

Tudo em um plano quadrado, torna-se meio antiquado.

11 de abril de 2008

desenhando

Escolha

ele estava sentado na escada do colégio, levantou-se e saiu caminhando, o percurso que ele percorrera era o de menos, o que importava era a situação que ele se encontrara, sua pernas finas tremiam a cada passo que ele dara, seus pé apertadinhos naqueles sapatos 40 que ele havia conseguido por 5 reais em uma tenda no comercio local, suas calças azuis e soltas no corpo, mal apertadas, por 5 números maior que o seu, uma camisa qualquer, na mochila objetos neccesários pro dia dia; um caderno com poucas anotações, uma camêra fotográfica que ele usava pra olhar o mundo, um sanduiche de atum e cenoura, poucas canetas, uma carta de amor, um chapéu, e uma camiseta usada, ele tinha no braço um relógio adiantado 15 minutos pra ele não atrasar, seu passos eram congruentes aos segundos, ele olhou no relógio e viu que o tepo ja passara a tempos, passou pelo armário das meninas, e elas olharam amirando o rosto fino do rapaz, nariz longo, boca pequena e um olha codificado, um garoto que falava sem falar, parou pra amarrar o cadarço do sapato descorfontavél, e no inesperado a sua frente parou a pessoa que ele não queria falar de jeito nenhum, Cecilia, 15 anos, cabelo na cara que escondia seus olhos mel, ela pintava os olhos, antes de sair de casa para se escorder, as pessoas a temiam, não por que ela dava medo, mas por que ela era sem duvida a menina mais bonita do ensino fundamental, naquele dia ela estava com uma camisa de uma banda qualquer da Escócia, ela parou na frente dele com dois passos inseguros e pronunciou uma frase inaudível, ele sem titubear de medo levantou-se e a abraçou, pediu desculpas, e a braço de novo, o segundo abraço foi bastante demorado, ele começou a chorar, tocou no celular dele uma musica em francês, e quando ele atende era a pessoa certa na hora errada, ela viu quem era e saiu correndo, ele atendeu e falou a Rafael pra ligar depois, ele estava resolvendo com ela as coisas, desligou, parado no corredor, olhou para os lados, e viu um banco que era o seu ultimo refugio, sentou, colocou a mochila de lado, olhava fixamente para a parede a sua frente, apoiou os cotovelos no joelho, a mão no rosto, e chorava de soluçar, estar numa situação dessas era novidade pra ele, sem contar a culpa que ele carregava, a única certeza que tinha, era que aquilo ia passar, o seu medo era perder uma das duas pessoas que ele mais amava.

10 de abril de 2008